Poesias de lá...

Eu sou de longe, lá de longe.
Onde a mangueira serve para descanso e seu fruto, alimento.
No balanço da rede, sinto cheiro de mato e à minha frente vislumbro o sol se despedindo mais uma vez.
E isso me fez lembrar dos meus tempos de menina.
Pé no chão, cabelo solto, um vestido metido a rendeira e um riso inocente, correndo na estradal.
De olhos fechados, sonhará com um tempo bom e próspero pro meu povo.
Senti mãos calejadas e braços enrijecidos pelo tempo, me conceder um abraço acolhedor.
E queria provar a toda gente que meu povo sim, é feliz e forte.
No lugar de gotas salgadas escorrendo no rosto, deu-se um riso doído, mas de valor triunfal.

Eu sou de lá, eu vim de lá, lá de longe.

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