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Um dia...

O corpo, Hoje, Partido, Sem ditados, Sem "dito". Corre livre, Pelo próprio jardim, Com ou sem floreios. O sonho, A última lembrança, Corriqueiro, Parecia estar de mudança. Tão intenso, Nem parecia a tal lembrança. O tempo foi, A mudança estacionou por alguns minutos, Porém logo foi embora e levou consigo a lembrança Agora só sou eu e o copo.

Barraca de Maçãs

Ele é o moço que ria com os olhos. O moço que vendia maçãs nas ruas, na idade média. Enquanto eu, eu era a mulher que passeava, Sempre a procura, desde os tempos remotos, por este moço. Uma rosa, um perfume que lembrava laranjeira,  E a maçã refletia o olhar dos dois. O reencontro tinha hora, e data certa. Eles tinham mesmo que se encontrar. No fim do mês, no próximo segundo, na próxima era. Ela parecia uma "parte da corte celestial", e ele a contemplava. Nos olhos dele, ela reviu uma vida, uma vida diferente das demais, era a vida deles. O amor então, ali naquela rua, na barraca de maçãs, Renascia...